A canoa é o meio de transporte aquático mais antigo de que se tem conhecimento. Há pelo menos três milênios antes de Cristo ela já havia registros de canoas sendo utilizadas para a pesca, a caça e até para fins bélicos. A canoagem slalom nasceu em 1932, inspirada em provas de descida de ski. O desenvolvimento da modalidade – na qual o atleta rema em canoa ou caiaque por um percurso em corredeira (natural ou artificial), definido por balizas, sem cometer penalidades e no menor tempo possível – sofreu um atraso por conta da Segunda Guerra Mundial, que teve início em 1939, apenas seis anos depois da primeira competição de canoagem slalom, disputada na Suíça.

A canoagem slalom estreou em Jogos Olímpicos na edição de Munique-1972. Depois disso, entretanto, ficou de fora entre 1976 e 1988, retornando apenas nos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992. A partir de então, esteve presente em todas as edições.

É normalmente montada em uma corredeira, de 250 a 400 metros de extensão. Na prática o tempo dos primeiros atletas é em torno de 100 segundos.
Além disto, deve haver uma área de aquecimento e também de desaceleração para os atletas, antes e após a pista em si.

Sobre o rio, penduram-se 18 a 25 balizas (também chamadas “portas”).  Pelas portas de cor verde o atleta deve passar descendo o rio e pelas vermelhas, subindo. As portas são posicionadas de tal forma, que obrigue o atleta a constantes mudanças de direção, aproveitando-se da melhor maneira possível das diferentes correntes, ondas e refluxos do trajeto.

Após um período de treinamentos a pista é fechada para a montagem das balizas na posição final. Em geral não se permitem mais treinamentos, ou seja, os atletas não treinam com as balizas na posição que as encontrarão na prova. Os barcos largam um por um, com intervalo de cerca de um minuto entre eles. Uma equipe de árbitros, cronometra o tempo e marca as faltas de cada um. Caso o atleta toque em uma porta, somam-se 2 segundos ao seu tempo. Caso não passe pelo lado correto da baliza, ou passe em sentido contrário ao indicado, somam-se 50 segundos.

Três tipos de barcos são utilizados: caiaque individual (K1), canoa individual (C1) e canoa dupla (C2).

Nos caiaques o atleta posiciona-se sentado e utiliza um remo de duas pás.

K1 – Caiaque

Nas canoas o atleta vai ajoelhado e utiliza um remo de uma só pá.

C1 – Canoa

C2 – Canoa

Os caiaques medem 3,5 metros e pesam cerca de 9 quilogramas, já as canoas duplas medem 4,10 metros e pesam cerca de 15 quilogramas. Os modelos de competição são confeccionados em material composto de fibras sintéticas combinadas com fibra de vidro e/ou carbono e resinas plásticas.
Para que não entre água dentro da embarcação utiliza-se uma “saia” que vai presa na cintura do competidor e na abertura do barco.

ARQUITETURA ESPORTIVA

As competições ocorrem em dois tipos de pista podemos dizer, as corredeiras artificiais ou as naturais em rios existentes. Competições internacionais são realizadas em corredeiras de classe III a IV (numa escala de I a VI). Algumas em pistas totalmente artificiais (com leito de concreto e bombeamento de água) como geralmente é caso nos jogos olímpicos, outras em rios naturais. Quando em rio natural, muitas vezes seu leito foi parcialmente modificado, deslocando-se, removendo-se ou adicionando-se rochas. Eventos importantes costumam ser realizados em rios cuja vazão possa ser controlada por represas, garantindo uma vazão constante durante o evento e precavendo-se contra efeitos climáticos adversos, como cheias e secas extremas

A criação das pistas de canoagem slalom olímpicas quase que sempre são em pistas artificiais, porque podemos controlar as corredeiras, volume de agua, de portões e etc, mais facilmente quando não se trata da natureza. Quando estas pistas artificiais são criadas elas tem duas raias de competição para uso das diversas modalidades, treinamento e aquecimento dos atletas.